O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo encaminhou representações pedindo abertura de inquéritos para apurar o suposto pagamento de propina em 14 obras executadas pela construtora Camargo Corrêa, dentre elas a Linha 4 do Metrô de São Paulo e o Rodoanel.
Além das investigações sobre as obras da empreiteira, também foi enviada à PGR (Procuradoria Geral da República) uma planilha em que aparecem nomes de parlamentares ao lado de valores em dólares e reais, que teriam sido pagos entre 1995 e 1998.
O documento foi encontrado pela Polícia Federal durante a operação Castelo de Areia, deflagrada em maio deste ano e que já resultou em duas denúncias por crimes financeiros contra executivos da Camargo Corrêa. As representações se referem a casos que envolvem autoridades com direito a foro privilegiado ou se referem a crimes de responsabilidade da Justiça estadual.
Segundo informações da Procuradoria, no caso da Linha 4 do Metro, existe a suspeita de envolvimento de um deputado federal do PSDB, membros do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) e de uma candidata do PT a deputada estadual no Paraná. Já nas supostas irregularidades do Rodoanel, haveria a participação de um deputado federal do PR e um diretor da Dersa.
O MPF não informou os nomes dos envolvidos, suspeitos de crimes como corrupção passiva e ativa, atos de improbidade administrativa e infrações eleitorais. Ainda de acordo com a Procuradoria, menções a pagamentos a autoridades com prerrogativa de foro ocorrem na maioria de obras.
Também estão sob suspeita a construção de uma eclusa da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, a reforma do aeroporto de Vitória e obras do metrô de Fortaleza e do Rio de Janeiro.
Fonte: vermelho.org.br
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