Somente na primeira semana de dezembro o hospital Giselda Trigueiro notificou 150 casos suspeitos de gripe A (H1N1) à Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap). “Nos sete primeiros dias do mês o número de notificações é quase 50% maior do que o total de novembro, quando notificamos 104 casos”, avalia preocupada a diretora do hospital, Milena Martins.
Elisa Elsie
Na recepção do Giselda Trigueiro é grande o número de pacientes à procura de atendimento - boa parte apresenta sintomas de gripeSegundo ela, o número de notificações começou a subir em outubro, quando foram 17 casos suspeitos. “Porém, particularmente desde domingo passado (06), notamos aumento acentuado no volume de atendimento no pronto socorro do Giselda”, disse. Ontem havia dez pacientes internados com suspeita de gripe A, e outros sete passaram na internação este mês.
Ela diz que a maioria dos atendidos têm sintomas leves de gripe. “Eles deveriam procurar os postos de saúde do município. O Giselda atende por classificação de risco, a prioridade se dá em função da gravidade: quem não é grave acaba esperando muito tempo, quando no posto poderia ser consultado mais rápido”.
Ontem à tarde a recepção do hospital tinha dezenas de pessoas aguardando o atendimento, algumas há varias horas e usando máscaras cirúrgicas no rosto. Era o caso do estudante Wendel Euzébio, que há dois dias tinha com febre, dor de cabeça e gripe. Passava das 14h e ele, que chegou às 10h na unidade, ainda não tinha previsão de ser consultado. “O posto do meu bairro (Quintas) está desativado”, disse.
Sintomas parecidos tinha Francklin Fontes, 18 anos, que chegou às 10h e também esperava a vez. Eles disseram ter ido ao Carnatal. “Não levei meu filho no posto de Ponta Negra porque se aqui já está difícil de atender, imagine lá”, disse Jucélia Fontes, mãe de Francklin, que desistiu da espera porque precisou ir trabalhar.
Milena Martins não afirmou que o aumento de casos desde domingo se relaciona ao Carnatal, mas diz que o fato coincide com o período da festa (03 a 06 de dezembro), e a incubação da doença varia de três a dez dias. “O número de casos já vinham aumentando, a grande polêmica surgiu porque a aglomeração aumentas o risco de transmissão. Por isso houve o alerta que a festa aumentaria a probabilidade de novos casos” comentou.
Fonte: Tribuna do Norte
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