O texto de Dias Gomes continua vivo nas telas do cinema. É quando estreia hoje em todo o Brasil o filme “O Bem Amado”. Dirigido por Guel Arraes e atuado por Marco Nanini, José Wilker Zezé Polessa, Drica Moraes, entre outros no elenco, o filme reconta a história de Sucupira.
Após o assassinato do prefeito de Sucupira, por Zeca Diabo (José Wilker), uma disputa política entre Odorico Paraguaçu (Marco Nanini) e Vladimir (Tonico Pereira) pelo cargo vago tem início. Odorico vence a eleição e toma posse como prefeito, recebendo sempre o apoio das irmãs Doroteia (Zezé Polessa), Dulcineia (Andréa Beltrão) e Judiceia (Drica Moraes). Uma de suas promessas é construir o primeiro cemitério da cidade, para evitar a emigração dos habitantes após morrerem. Só que, após a obra ser concluída, há um problema: ninguém em Sucupira morre, o que impede que o cemitério enfim seja inaugurado. Sofrendo pressão devido a acusações de superfaturamento, Odorico precisa encontrar um meio para que o grande feito de seu mandato não se torne uma grande piada.
Na visão do crítico de cinema do Estadão Luiz Zanin, o texto de Dias Gomes está presente, com algumas atualizações, mas o filme é cansativo. “Por exemplo, o opositor de Odorico é o jornalista comunista vivido por Tonico Pereira, e se revela um corrupto igual ao seu adversário. Na coletiva, perguntei a Guel se isso não reforçaria o preconceito de que “todos são iguais” e portanto justificaria o desinteresse pela política, já que não existem alternativas e ninguém presta. Ele me responde que o contraponto seria o jornalista vivido por Caio Blat, idealista e ético. Mas a participação dele no filme me parece insuficiente para insinuar esse contraponto. Guel usa também imagens documentais para registrar a articulação entre a imaginária Sucupira e o Brasil real, com a queda do governo Goulart, a posse dos militares, a ditadura e a redemocratização. No final, veem-se cenas das Diretas-Já na Praça da Sé”, escreveu.
Ainda através do olhar de Zanin, o Bem Amado insinua a continuação da história brasileira depois que o País se redemocratizou e passou a eleger seus presidentes. “Não parece muito animador. E o recurso final, com um mapa do Pais no qual se lê a palavra “Brasil”, que logo se transforma em “Sucupira” me parece por demais didático”.
Após o assassinato do prefeito de Sucupira, por Zeca Diabo (José Wilker), uma disputa política entre Odorico Paraguaçu (Marco Nanini) e Vladimir (Tonico Pereira) pelo cargo vago tem início. Odorico vence a eleição e toma posse como prefeito, recebendo sempre o apoio das irmãs Doroteia (Zezé Polessa), Dulcineia (Andréa Beltrão) e Judiceia (Drica Moraes). Uma de suas promessas é construir o primeiro cemitério da cidade, para evitar a emigração dos habitantes após morrerem. Só que, após a obra ser concluída, há um problema: ninguém em Sucupira morre, o que impede que o cemitério enfim seja inaugurado. Sofrendo pressão devido a acusações de superfaturamento, Odorico precisa encontrar um meio para que o grande feito de seu mandato não se torne uma grande piada.
Na visão do crítico de cinema do Estadão Luiz Zanin, o texto de Dias Gomes está presente, com algumas atualizações, mas o filme é cansativo. “Por exemplo, o opositor de Odorico é o jornalista comunista vivido por Tonico Pereira, e se revela um corrupto igual ao seu adversário. Na coletiva, perguntei a Guel se isso não reforçaria o preconceito de que “todos são iguais” e portanto justificaria o desinteresse pela política, já que não existem alternativas e ninguém presta. Ele me responde que o contraponto seria o jornalista vivido por Caio Blat, idealista e ético. Mas a participação dele no filme me parece insuficiente para insinuar esse contraponto. Guel usa também imagens documentais para registrar a articulação entre a imaginária Sucupira e o Brasil real, com a queda do governo Goulart, a posse dos militares, a ditadura e a redemocratização. No final, veem-se cenas das Diretas-Já na Praça da Sé”, escreveu.
Ainda através do olhar de Zanin, o Bem Amado insinua a continuação da história brasileira depois que o País se redemocratizou e passou a eleger seus presidentes. “Não parece muito animador. E o recurso final, com um mapa do Pais no qual se lê a palavra “Brasil”, que logo se transforma em “Sucupira” me parece por demais didático”.
Fonte: Tribuna do Norte
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