sábado, 6 de fevereiro de 2010

TEMER UNI MINISTROS E GOVERNADORES EM PROL DE ALIANÇA COM P PT


Numa demonstração de força dentro do PMDB, o presidente da legenda, Michel Temer (SP), conseguiu reunir as principais lideranças do partido neste sábado, durante a convenção nacional que vai reelegê-lo para mais um mandato no comando da legenda.

Apesar de um grupo peemedebista ter tentado derrubar a convenção nacional judicialmente, Temer mostrou que conta com apoio da maioria do partido para consolidar sua indicação à presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).



A convenção se transformou num desagravo a Temer para mostrar que a maioria do partido defende a aliança nacional do PMDB com o PT. Mesmo cotado para ser indicado a vice, assim como Temer, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB-GO), foi à convenção com o discurso de unidade peemedebista.



"Eu acho que, como ministro, eu devo estar presente na convenção. É uma convenção pacífica, para a eleição da executiva. A unanimidade muitas vezes não é sequer desejada. É normal que haja debate político", afirmou Meirelles.



Além de Meirelles, os ministros Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e Hélio Costa (Comunicações) foram à convenção apoiar a reeleição de Temer. Entre os governadores peemedebistas, Sérgio Cabral (RJ), André Pucinelli (MS), José Maranhão (PB), Eduardo Braga (AM), Gaguin (TO) e Paulo Hartung (ES) manifestaram publicamente apoio à indicação de Temer para a vice-presidência na chapa de Dilma.



"Temos na figura do presidente Michel Temer um homem conciliador. Tem três mandatos de presidente da Câmara, homem ético, decente, com todas as condições para representar o PMDB na chapa nacional com Dilma Rousseff", afirmou Cabral.



Temer também conta com o apoio da bancada do PMDB no Senado, num cenário diferente das eleições de 2006 --quando Câmara e Senado eram rachados dentro do partido. "Pela primeira vez, os nossos corações não estão divididos no PMDB. Certamente iremos partir para fazer aliança com o presidente Lula. Mas a nossa aliança é daquele que tem participação a dar", disse o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).



Ao longo da convenção, Temer repetiu que sua indicação para a presidência da ampla maioria dos delegados do partido, num recado ao grupo contrário à sua reeleição. O grupo, liderado por Requião e o ex-governador Orestes Quércia, reuniu assinaturas dos diretórios de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Pernambuco.



Temer afirmou, porém, que os delegados desses Estados apóiam, em maioria, a convenção nacional da legenda. "O PMDB brasileiro inteiro está em Brasília. São Paulo está com todos os delegados, o Rio Grande do Sul com todos os delegados, boa parte do Paraná e Santa Catarina. É uma convenção que mostra a força, vibração, unidade do PMDB."



Articulações



Na certeza de que será indicado à vice-presidência, depois de reeleito no comando do partido, Temer deu início às conversas para montar o programa de governo do PMDB depois do carnaval. Segundo o deputado, a ideia do partido é participar integralmente da montagem do programa da ministra Dilma, sem ingressar no governo somente após a sua eleição.



"Até então, o PMDB entrava depois no governo. Agora, a gente entra antes", afirmou. O PMDB vai esperar que o PT elabore o seu programa de governo para, em seguida, apresentar as diretrizes peemedebistas para o futuro governo de Dilma Rousseff,caso a pré-candidata petista seja eleita
 
Fonte: vermelho.org.br

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