Segundo cálculos do comando de greve, 90% das Escolas Municipais e Centros de Educação Infantil de Natal estão com as atividades paralisadas. E o pior, pelo andar da carruagem, não há previsão de quando as aulas serão iniciadas.
Joana Lima
Fátima Cardoso, do Sinte, diz que a greve vai continuar e que o movimento está bastante forte“A greve está dura e acho difícil a Prefeitura derrubar”, disse Fátima Cardoso, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do RN (Sinte/RN). Segundo ela, na última reunião com o governo municipal não houve avanço. “Eles bateram o martelo. Disseram que não iam dar o aumento que pedimos e não implantariam o Plano de Cargos e Salários”.
Em resposta os professores da rede pública municipal de Natal prometem endurecer o movimento. Eles continuam acampados em frente ao prédio da Prefeitura Municipal e só sairão de lá hoje às 10h, para uma audiência pública na Câmara Municipal e às 14h, para mais uma assembleia geral na Escola Winston Churchill. “A greve vai continuar, o movimento está muito forte”, disse Fátima.
Na noite de ontem a Secretaria Municipal de Educação (SME) fez chegar às redações dos jornais um comunicado informando que grande parte das reivindicações dos professores já foi ou está sendo cumprida. De acordo com a carta, os professores já receberam 5% de reposição em 2009 e que mais 5% serão concedidos em abril próximo.
Ocorre que os grevistas pleiteiam um reajuste de 29%. A secretaria, na carta, “assegura o direito adquirido pela categoria de contar, todos os anos, com o reajuste salarial proporcionado pelo poder executivo”, além do direito de escolher os diretores e vice-diretores por eleição direta.
A Prefeitura promete ainda estudar a possibilidade de reduzir a carga horária dos professores e providenciar o pagamento de alguns benefícios que estão atrasados. Um outro problema relatado pelos grevistas é que as verbas não estão sendo repassadas para as escolas, mas a SME diz que Recursos Orçamentários do Município (ROM), já foram repassados e a verba do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) será depositada ainda esta semana. A promotora de Justiça Carla Amico enviou ofício à SME pedindo informações sobre tais atrasos.
Quanto às crianças que não conseguiram vagas no sistema, a SME informa que está garantindo a matrícula de 5 mil alunos através de convênios com a rede privada, através do PPet – Programa Pré Escola para Todos.
A diretora do Departamento de Educação Infantil da SME, Kátia Lanzillo, afirma que as matrículas para esse programa começam sempre depois para evitar que os pais busquem preferencialmente as escolas privadas conveniadas em detrimento às unidades do município. As pessoas devem buscar essas escolas para matricular os filhos. “Não sabemos quanto, de fato, será investido este ano. Sei que em 2009 matriculamos 4.196 crianças entre quatro meses e cinco anos e 11 meses. Creio que este ano teremos uma demanda aproximada”, afirmou a diretora.
Fonte: tribuna do norte
Sempre beneficiando a rede privada. O planejamento, por parte da prefeitura, ñ foi feito d maneira adequada e, agora, paga-se, com certeza, muito dinheiro à rede privada, a fim d q possam amenizar um pouco o caos em q se encontra a educação no município d Natal. Absurdo!!! Enquanto isso, ñ há dinheiro para aumentar os salários dos professores. E, agora, pra completar, a prefeitura entrou na justiça com pedido d q a greve dos professores q dura apenas 8 dias seja considerada ilegal. Abaixo à repressão!
ResponderExcluirEstou indignada e desgastada presenciando o descaso do poder público dirigido aos educadores de Natal. Como professora, a minha alegria está guardada nas convicções que trago como formadora de opinião. Planto sementes e sei que estão dando frutos. Vejo no semblante dos pais dos meus alunos o apoio que me dão. Conforta-me ouvir depoimentos que denunciam a insatisfação das pessoas com a gestão da atual prefeita. Tenho certeza que desta vez essas pessoas não irão esquecer o caos que instarou-se na nossa cidade depois que Micarla de Sousa assumiu. Quem não se lembra de Aldo Tinôco, Geraldo Melo...? Os eleitores têm memória sim.
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