sexta-feira, 30 de julho de 2010

ENTREVISTA: ÁLVARO OMINE




"Muitos quadrinhistas não querem ser trabalhadores, querem ser estrelas internacionais!"
Há um velho provérbio chinês que diz “Quem quer colher rosas, deve suportar os espinhos!” E ele serve como uma luva para definir o que Álvaro Omine pensa da vida e da profissão. Álvaro, quadrinhista dos mais experientes e versáteis do país, defende que o verdadeiro profissional de Quadrinhos deve ser humilde, trabalhar duro e aceitar todas as oportunidades e desafios profissionais que surgirem, ao invés de naufragar nos devaneios estéreis do próprio Ego. Com sua sabedoria, paciência e disciplina típicas orientais, Álvaro atravessou três décadas de profissão sempre sem se acomodar e experimentando todos os traços, estilos e áreas da comunicação gráfica. Isso lhe deu cacife pra avaliar o mercado de Quadrinhos nacional e o comportamento de muitos colegas de profissão ou aspirantes a tal. Pelas observações de Álvaro concluo que existe hoje no Quadrinho Nacional uma espécie de “geração BBB”, que quer ganhar grana e fazer sucesso sem fazer força nenhuma pra isso. Sinal dos tempos? Se essa tal síndrome persistir, qual será o futuro do Quadrinho Brasileiro? Isso, caros amigos, acho que nem o sábio chinês sabe responder! Com vocês, Omine ciente e presente!

1 – Álvaro, você veio de uma família de artistas ou você foi o único que se interessou por artes?Você lembra como começou seu interesse por desenho?
Minha família tinha muitos artistas, começando pelo meu avô. Ele era um pouco de tudo, compositor, músico, poeta, curandeiro, escritor. E também tinham quatro tios meus (um tio e três tias) que desenhavam muito bem, em especial meu tio que conseguia fazer desenhos fotográficos em grafite. Ele adorava reproduzir artistas do cinema americano, seu personagem favorito era o Zorro com Guy Williams, que ele fazia com perfeição. Eu adorava ver seus desenhos. Mas quem me ensinou, mesmo, foi minha saudosa tia Sati, quando eu tinha 4 anos. Ou seja, aprendi a desenhar antes de ler e escrever.
2 – Você, vindo de uma família de nisseis, tinha muito contato com mangás desde a infância? Você prefere os mangas ou os quadrinhos ocidentais? Qual é a maior diferença (não só estética) que você vê entre os dois?
Sim, vi muito mangá quando criança. Mas na verdade, não tenho preferências quanto a quadrinhos orientais ou ocidentais. Sendo bom, eu acompanho. A grande diferença é que o mangá tem um período de vida, não é eterno. Tem começo, meio e fim. Como Dragonball, Sakura, etc. Além de terem personagens mais próximos do real, com defeitos, dúvidas, medos, ansiedades, etc. Já o super-herói ocidental é um ser idealizado, sem medo, forte, insuperável, sem defeitos. Os quadrinhos ocidentais, ou melhor, o americano não tem fim. Há quanto tempo o Super-Homem é publicado? Batman? Homem-Aranha? Hulk? Chega uma hora que cansa ver o mesmo herói, com a mesma cara, a mesma idade, a mesma identidade secreta.
Uns dias atrás, conversei com meu grande amigo Diógenes Neves, atual desenhista da nova série do Arqueiro Verde, arte muito bonita por sinal, e questionei sobre o Super-Homem e seu maior vilão Lex Luthor. Questionei qual dos dois era mais inteligente e etc. Aí surgiu uma questão interessante: como o Luthor, um dos maiores gênios da Terra, nunca conseguiu descobrir a identidade do Super, que usa apenas um óculos pra se disfarçar?!? Até disse pro Diógenes que entendo a questão do Capitão América, por exemplo, apesar da máscara todo mundo sabe que ele é o Steve Rogers.
Só que ele não tem mais família, as únicas pessoas ligadas a ele são ou agentes secretos, ou super heróis. Por isso os vilões não tem como atacá-lo através de entes queridos civis. Essa é uma questão nerd que eu coloquei só pra explicar a diferença do mangá com os gibis ocidentais.
Concluindo, no Japão há sempre a renovação, com novos personagens, novas idéias, etc. Enquanto no ocidente é sempre a mesma coisa, tentam reinventar a roda e, depois, volta tudo pra trás. Como o Super-Homem do Byrne, o Flash Barry Allen, com a recente "morte" do Batman, e o pior de todos, com a Legião dos Super-Heróis e o Superboy. E, agora, com a recente "origem" da nova Mulher-Maravilha. Uma lástima! E, sim, eu sei que agora se fala Superman mas, eu nasci e vivi quase minha vida toda chamando de Super-Homem. Então não me tirem esse saudosismo!
3 - Você chegou a curtir os mangás pioneiros do Claudio Seto? Você imaginava que nos anos 2000 o mangá viraria a febre que é hoje no Brasil?
Sim, curtia muito! Era algo diferente na época, anos 60 e 70. E ele misturava mangá com o psicodelismo da era Pop Art. Aliás, pra ficar como registro, o Brasil foi, se não me engano, o primeiro país a fazer mangá fora do Japão. Até então, nem um outro país fazia isso, pelo simples fato de serem bairristas. O Brasil teve o privilégio de ter influências européias, americanas e japonesas em seus quadrinhos. Acho que os saudosos Claudio Seto e Minami Keizi nasceram na época errada,estavam avançados demais.
Essa febre do mangá só veio por causa da influência americana. Lá nos EUA houve a decadência dos super-heróis, entre o final dos anos 80, começo de 90, daí a indústria de comics precisava sobreviver e achar uma solução. Então encontraram no mangá essa resposta. Finalmente algo novo, diferente. Aí misturaram mangá com os quadrinhos deles...BUM! Sucesso!!!
E isso se refletiu aqui no Brasil, como sempre. É a velha história de sempre, o que é bom lá fora é bom aqui. Ou, o que vem de fora sempre é bom. Ou, pior: É mangá brasileiro? Ah,então deve ser uma bosta!
4 - Você começou sua carreira nos anos 80, na editora Press. Quais foram os primeiríssimos quadrinhos que você fez? Você ainda tem eles? Que nota você daria pra eles hoje (risos)?
A Press foi a primeira editora que me deu oportunidade profissional! Lá eu conheci o Franco de Rosa, do qual sou amigo e trabalho junto até hoje, o Paulo Paiva e o Doni. Fiz algumas histórias eróticas pra eles, era o que eles mais vendiam e eu gostava de desenhá-las pois sempre curti erótico. Tenho guardada comigo minha primeira historia publicada. Eu daria uma nota 6 pra ela (risos)!Aliás, agradeço muito a Press e ao pessoal de lá por terem me dado essa oportunidade. E lá se vão 26 anos!
5 - Depois você passou pela Abril. O que fez lá? Fez parte daquela famosa equipe de artistas espetacular que a Abril tinha ate uma década atrás (que produziam Disney, Bolinha, Trapalhões, e muito mais)? Com quem trabalhou lá?
Trabalhei lá entre 1986 e 1989. Conheci todos os desenhistas e pessoas maravilhosas: o Hélcio de Carvalho, que me contratou e me deu a maior força,  o sorridente Décio, Nilton, o japa maluco Kazu, o chefe de redação Claudio Marra, a bela e estabanada Lucrécia, a gracinha Fati, a “vovó” Vera, o fumante Seu Fernando, Marcelo "Coninho", o talentoso Marcelo Campos, o pirado André (ex-dono da Editora Símbolo), o chefe de arte Jesualdo, o “Elvis” Noriatsu, o cuca fresca e grande praça Marcelo Alencar, a lindinha e novata Maria Elena, o Alexandre “Teta”, a famosa letrista Lilian Mitsunaga, a enciclopédia viva Sílvio Fukumoto, o Júlio de Andrade, o “outro Elvis” Primaggio Mantovi, a secretaria linda Haidenise. Depois chegaram o Leandro Del Manto e o Sérgio Figueiredo, fanático por Jornada nas Estrelas, mas que não entendia picas de super-herói. Mas era um cara muito engraçado e interessado. Hoje é chefe por lá. Trabalhei como auxiliar de arte na redação dos super-heróis e, por incrível que pareça, eu era o que mais entendia de super-herói ali na época (risos).
6 - Você também trabalhou para a Bloch e a Globo. O que fez para as duas respectivamente?
Na Bloch fiz algumas histórias de terror do Drácula, através de meu grande amigo Wilson Fernandes, criador dos super-heróis brasileiros Escorpião e Bola de Fogo. Na Globo, fiz a produção, através de um estúdio que eu tinha na época, do material do "V de Vingança" e "O Prisioneiro".
Como estúdio também produzi material pra Abril, vários gibis em formatinho e O Monstro do Pantano, em formato americano colorido. Pra Best News fiz Jonny Quest e Concreto, aonde conheci o Rogério Cruz, que era letrista lá e hoje é o famosíssimo desenhista Roger Cruz. E fiz uma ilustração pra Cedibra, apresentando os novos quadrinhos da editora: Jon Sable, Grimjack, American Flagg e Badger. E fui diretor de arte da Editora Tannos que foi a primeira editora a lançar Miracleman no Brasil.
7 - Você desenhou os gibis do Jiraya e do Jiban para a Ebal, pouco antes dela fechar as portas de vez. Como foi essa experiência de trabalhar para Ebal? Você foi fã daqueles gibis maravilhosos que a editora lançou em seu auge?
O que fiz pra Ebal foi só adaptações de episódios desses heróis japoneses pra quadrinhos, mas só trabalhei na parte de layout e roteiro. Pena que a editora fechou antes das revistas serem produzidas. Sou fã até hoje da Ebal!!!Considero a Ebal a melhor editora de super-heróis no Brasil de todos os tempos! Tenho alguns gibis da Marvel e DC lançadas por ela e também de outras editoras menos conhecidas.
8 - CONCORDOOOO!!!VIVA ADOLFO AIZEN (risos)!!!Você também trabalhou com animação. Fale um pouco desses trabalhos. O que curte mais afinal, fazer quadrinhos, ilustração ou animação?Se pudesse viver de uma só destas funções qual escolheria?
Fiz um trabalho de Animação publicitária, era pra uma empresa de empréstimos. Tinha um personagem que era um super-herói e eu fiz as cenas chaves dessa animação. Eu curto desenhar e, principalmente, criar. Se eu escolhesse uma só dessas áreas eu morreria de fome. Pelo menos, aqui no Brasil!
9 - De todos os trabalhos que já fez quais considera suas melhores obras, as que tem mais carinho e orgulho de ter realizado?
Cada trabalho é tratado de um jeito em especial. Não há como dizer quais as melhores ou as que deram mais prazer. Todas pra mim são as melhores, porque todas são desenhos e a minha grande paixão nessa vida é desenhar!
10 - Vejo muitos desenhos no teu blog emulando o traço do Jack Kirby. Muito legais por sinal! Você é fã do Kirby? Quais são seus artistas preferidos, os que mais te influenciaram?
Poderia dizer que sou um dos zilhões de fãs nº 1 do Kirby. Mas, nem sempre foi assim. Quando era garoto e estava querendo aprender a desenhar vi muito material do Gil Kane, Sal Buscema, John Buscema, John Romita, Neal Adams, Jim Steranko, Joe Kubert, Phil Davies, Wilson McCoy, Al Capp mas não me ligava no Kirby. Achava o desenho dele duro, a anatomia simples, sem movimento mas, tinha alguma coisa lá que me chamava a atenção e não sabia o que era. Foi só quando ele foi pra DC que comecei a reparar na arte dele. Em especial na saga Projeto DNA, lançada pela Ebal. Até então jamais tinha visto as "colagens" de fotos que ele tão inventivamente fazia como cenários espaciais nas histórias. Fiquei deslumbrado com a Locomotiva da Legião Jovem, o veículo dos Cabeludos, o Guardião Dourado, as criaturas do Projeto DNA, Mokkari e Symian, a TV Galaxia, a Supercidade, etc. Foi aí que descobri a criatividade dele, que me fascina até hoje! E, ainda, tento compreender como ele fazia tudo isso a mais de 40 anos. Ele era um gênio! Pra mim é meu ídolo maior!
11 - Então somos dois (risos)! Você é um artista “pau pra toda obra”, possuindo vários traços e estilos de desenho para cada finalidade: infantil, super-heróis, humor, mangá, etc. Mas qual estilo acha que tem mais vocação? Por que?
Eu gosto é de desenhar, não importando o estilo. Pra mim sempre é, será e vai ser um prazer desenhar. Aprendi a desenhar copiando os super-heróis, mas humor, terror, infantil, mangá, todos são desenhos então não tenho preferência. Gosto de todos!
12 - Você é praticante de Kung Fu a vida toda, não? Sempre foi apaixonado por Artes Marciais? Por acaso você é um super fã do Bruce Lee como eu, que tenho todos os filmes e documentários do cara (risos)?
Sou praticante de artes marciais a um bom tempo. Sou faixa preta de Karatê, Judô, Aikido e, atualmente pratico Kung Fu há cinco anos. Talvez essa paixão pelas artes marciais tenha vindo do meu pai, que era mestre de Judô. Curto muito o Bruce Lee mas gosto mesmo é do Jackie Chan, por causa do humor e da criatividade dele. Curto esse lance mais leve e divertido. Se reparar bem, todos os artistas que fazem um filme com o Jackie precisam ser tão bons quanto ele. No caso do Bruce, ele é bom demais pros outros, ele era único!
13 - AEEEEEEEEE!!!!Eu acho que eu sou a reencarnação do Bruce Lee (risos)! Cara, tem um vídeo seu no YouTube (veja aqui) em que aparece descendo o braço nos sacos de porrada da acadêmia. Você já precisou fazer o mesmo com algum editor que tentou lhe dar um calote (risos)?
Felizmente não. Sou uma pessoa muito paciente e pacifica. Se alguém me dá calote, vou tentar saber o que aconteceu. Se não me pagarem, deixo pra lá e nunca mais trabalho pra o tal pilantra.
14 - As Artes Marciais te ajudaram na profissão de alguma forma? Como a ter mais disciplina para trabalhar e cumprir prazos, por exemplo?
Sim. Me ajuda a ficar mais concentrado, relaxado, sem stress. Quanto a disciplina e cumprir prazo, só conheço um artista, amigo de muitos anos, que é disciplinado e realmente consegue cumpre prazos, o Luke Ross! O resto...
15 - Ei, calma aí! Eu cumpro prazos sim!!! Pelo menos eu juro que tento (risos)! Paralelo a função de desenhista você também sempre deu aulas de desenho, principalmente de mangá. Gosta de ser professor? Acha que tem vocação para lidar com a molecada?
Gosto de ensinar, de passar pras futuras gerações o que aprendi ao longo dos anos. De maneira simples e clara. Não sei se tenho vocação pra ser professor ou lidar com a garotada. Acho que só os alunos que tive podem responder a isso.
16 - Você é um profissional super experiente, já passou por todas as editoras e já fez de tudo nesse mercado. Então, me diga: na sua opinião, porque o mercado de HQ Nacional não foi pra frente até hoje? Se tem tanta gente boa, talentosa e versátil por que não existe uma Indústria de Quadrinhos no Brasil? O que falta afinal?!?
Taí uma pergunta que eu sempre quis responder!!! Na minha opinião o que falta é profissionalismo. Outro problema, talvez o principal nessa questão: o Ego! É ele que não deixa toda a coisa se consolidar. Hoje em dia todo pretenso artista é egocêntrico e almeja o mercado exterior. Todos querem trabalhar pra Marvel, DC, Dynamite, Dark Horse, que são editoras muito bem consolidadas, pagam bem e são pontuais. Só que as editoras brasileiras também são! E porque não tem desenhistas de monte produzindo aqui? Porque esses “desenhistas” não querem ser trabalhadores, querem ser “estrelas” internacionais, isso sim! Querem ser famosos como o Roger Cruz, o Luke Ross, o Deodato, o Ivan Reis, o Diógenes, o Joe Bennet. Ter carrões, mulheres de monte, contratos com o cinema, entrevistas na TV, festas, orgias, etc. Maravilha das maravilhas! Só que ninguém sabe como esse pessoal chegou lá, de verdade. Não sabem quantos calotes eles levaram, quantas noites passaram sem dormir, quantos testes fizeram até conseguir um trabalho, quantos atrasos das editoras tiveram que aturar. Quantas acusações de plágio, de desenho copiado de estilo dos outros tiveram que aguentar ouvir. Quantas páginas originais roubadas e vendidas sem receber um centavo por elas! Por isso que são estrelas, pois foram os primeiros. Foram os que levaram tapa na cara, foram cuspidos, culpados, pisados. Muitos deles são amigos meus antes de ficarem famosos e são pessoas extremamente talentosas, simples e humildes. São profissionais de verdade, que sentem prazer no que fazem! E existem oportunidades aqui no Brasil mesmo. Eu mesmo estou fazendo duas HQs ao mesmo tempo pra editoras conhecidas. Então, esse papo de que as editoras não dão oportunidade é furado. Isso é desculpa de quem não quer fazer o trabalho como profissional. Não querem assumir responsabilidades, não querem se submeter, não querem fazer o que a editora pede. Querem fazer só o que acham melhor, do jeito deles, ao modo deles, no tempo deles. Quando bater um momento de inspiração, uma luz. Então tem caras que se acham o “máximo”, querem fazer algo autoral sem nunca ter publicado nada. Então, como pode ter mercado se não tem profissional pra mante-lo?!? Quando falo de profissional é aquele que já tem experiência no mercado, aquele que sabe o que é o mercado e entende dele. Eu mesmo sempre incentivei e ofereci estágio e testes. Mas, praticamente, ninguém deu retorno.
Outra história interessante:o Maurício de Sousa! Como será que ele começou?J á rico e famoso? É claro que não! Ele era quase um desconhecido, mas que acreditava nos quadrinhos que tinha criado. Fez um acordo, nos anos 60, com uma editora de lançar uma série mensal de seus personagens. Então produziu páginas e  páginas. Só que a editora acabou falindo antes de lançar a prometida revista. Ele ficou sem dinheiro, devendo aos artistas, com família pra sustentar e com um monte de páginas prontas, sem saber o que fazer. O Maurício ficou desolado e desesperado mas, por sugestão do então amigo Paulo Hamasaki, ele foi oferecer a revista pra editora Abril.
Ao verem que havia material o suficiente pra um ano a Abril fechou um contrato e, o resto é história! Este é um exemplo do profissional trabalhador. É o cara que produz! Sem produto, não tem venda, sem venda, não tem mercado e, sem mercado, não tem produto. É um círculo vicioso!

17 - Você conhece os projetos de Lei do Quadrinho Nacional, dos deputados Simplício Mário e Vicentinho (ambos PT)? Acha que essa lei de cotas seria a solução para o Quadrinho Nacional?
Na verdade não conheço os textos, mas já vi esse tipo de projeto antes. Esse lance de cota não passa de demagogia. Esse tipo de projeto de protecionismo aconteceu na Argentina e o que aconteceu? O mercado argentino foi pro saco! Isso é o tipo de pensamento retrógrado, do Estado protetor. Isso me lembra aquele exemplo do pescador. O que é melhor? Dar o peixe de graça ao necessitado ou ensiná-lo a pescar pra não passar mais fome? Na minha opinião, é melhor dar incentivos ao mercado editorial do que obriga-lo a publicar material nacional. Ninguém gosta de ser obrigado a algo.
Faça com que as editoras que incentivam o produto nacional sejam isentas ou abatidas de impostos.
Que haja uma linha de crédito pra que elas possam montar uma linha de produção. Que haja uma competição, saudável, entre elas e a melhor possa ter premiações como mais créditos, abatimentos ou isenções. Que novas editoras possam ser abertas sem pagar impostos por um, dois anos ou até ter lucro X. Que os estúdios de produção editorial que tenham um certo número de funcionários possa ter certos impostos isentos. Que o próprio Ministério da Cultura e as Secretarias dos Estados incentivem, comprem um reparte e divulguem essas publicações, sem onerar o patrimônio ou as editoras.

18 – AEEEEEEEEEEEEEEE!!! ALVARÃO PARA SENADOR (risos)!!!! Mudando de assunto, e se o gênio Shazam lhe concedesse três desejos, o que você pediria?
1) Muito Dinheiro.
2) Que o Brasil fosse descoberto pelos japoneses.
3) E que todo o político pilantra e corrupto fosse pra cadeia, sem exceção!
19 - OK! Pra encerrar, deixe uma mensagem histórica para o Brasil varonil.
Por favor, cada cidadão brasileiro, depositem um real na minha conta e comprem todas as revistas que tem meu trabalho (risos)! Agradeço a todos pela oportunidade e minha conta é XXXXXXXXXYYYY 000-U!!!!Fui!!
Visitem o site oficial do artista aqui.

Fonte: bigorna.net

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