quinta-feira, 8 de julho de 2010

BRUNO SE ENTREGA A POLÍCIA

Rio (AE) - O goleiro do Flamengo Bruno Fernandes e o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, se entregaram ontem na Polinter Andaraí, no Rio, menos de 12 horas após terem a prisão decretada pela Justiça. Os dois e o adolescente J., primo de Bruno, foram indiciados pelo sequestro da ex- amante do goleiro, Eliza Samudio, de 25 anos. No dia anterior, J. afirmou que Eliza foi sequestrada no Rio e morta em Contagem  (MG). “O depoimento é sólido. Bruno está indiciado como mandante do sequestro, os outros dois como executores”, disse o delegado Felipe Ettore.

WAGNER MEIR/AEBruno 
Fernandes e Luiz Henrique, o “Macarrão”, chegam à Divisão de Homicídios,
 na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de JaneiroBruno Fernandes e Luiz Henrique, o “Macarrão”, chegam à Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro
Em Minas, o I Tribunal do Júri de Contagem determinou a prisão temporária por 30 dias de sete suspeitos. Além de Macarrão e Bruno, foram presos Dayanne Souza, mulher do goleiro, e Sérgio Rosa Sales Camelo, primo. Outros três suspeitos - Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, e Elenilson Vitor da Silva - continuavam foragidos à noite.

A Justiça mineira ainda expediu quatro mandados de busca e apreensão em Minas e Rio e determinou a internação provisória de J., sob alegação de que ele poderia “ser eliminado”. Outro investigado, Cleiton Gonçalves - que teria entregado o corpo de Eliza a um traficante para ser “desovado” - se safou da prisão.

No Rio, durante todo o dia, o Disque-Denúncia recebeu ligações sobre o paradeiro de Bruno. Uma delas dizia que Bruno estava na casa de uma amante. Lá, agentes souberam, por moradores, que ele se entregaria na Polinter, unidade bem distante da Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, que apura o caso.

Com o semblante fechado, Bruno não esboçou sentimentos ao sair da delegacia. Já Macarrão estava abatido e com olhar assustado. Os dois seriam ouvidos ontem à noite. O goleiro estava com o advogado Michel Assef Filho, que não quis dar declarações.

Policiais que ouviram o relato de J. sobre a morte disseram que o depoimento é de “embrulhar o estômago”. Segundo o adolescente, Eliza recebeu as coronhadas no carro a caminho de Contagem (MG). Ao chegar a Minas, teria ficado em cárcere privado por quase uma semana, antes de ser morta por estrangulamento. O jovem disse ainda que Bruno chegou ao sítio dois dias depois de Eliza, mas os agentes acham que essa parte do depoimento pode ser fantasiosa, pois Bruno teria chegado já com o grupo, em outro carro. Dayanne também esperava por todos no sítio. 
 
Fonte: Tribuna do Norte

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